São Paulo, 26 de Dezembro de 2024

Madeira Pré-Composta - Conselhos Técnicos

Defeitos: São considerados defeitos a falta de madeira, manchas de trabalho, furos e mofos, bem como diferenças de cores fora das tolerâncias previstas.

Transporte: Para os melhores resultados possíveis no transporte, aconselha-se enrolar as folhas quando se trata de poucas unidades ou protegê-las em pallets revestido com plástico, seja para evitar rupturas, seja para evitar as intempéries que poderiam produzir mofos e, portanto, a formação de manchas na fase de acabamento final

Tolerâncias Madeiras Pré-Compostas: Pode se verificar ligeiras diferenças de cores e estruturas entre um lote e outro (=8%). Isto deve-se ao diferente comportamento da madeira de base durante as fases de trabalho. Tais tolerâncias são comuns.

Peso Específico: de 650 a 780 kg/m³, de acordo com o tipo de pré-composto.

Nocividade: Certos tipos de madeiras naturais contêm substâncias que podem ter um certo grau de toxicidade. As madeiras pré-compostas, durante a manipulação, deixam parte da seiva que contém e são adicionadas substâncias em quantidade tais que não comprometem os índices toleráveis, e portanto, melhoram os efeitos tóxicos.

Armazenagem: A madeira absorve ou desprende umidade ambiental. Terá, portanto, que estar armazenado em um lugar nem muito seco nem muito úmido (U.R. 50/60%). Sendo sensível à luz, deve ser guardada em lugar escuro, caso contrário terá que ser protegida com lona preta. Se estas normas não são seguidas podem acontecer rachaduras ou fissuras no pré-composto e mudanças de coloração.

Seleção: Antes de efetuar a operação de juntar, é oportuno eliminar por meio de guilhotina aquelas partes que apresentam algum defeito na chapa.

Grau de Umidade: O grau de umidade na chapa deverá ser similar ao do painel sobre o qual se aplicará (aprox. 12%).
A madeira está sujeita a dilatação por causa de sua igrocopicidade. A quantidade de umidade determina, portanto, a sua dilatação. Se os valores relativos às dilatações do painel e da lâmina no momento da colagem forem diferentes se produziram bolhas, rachaduras ou cortes da lâmina com o resultado de infiltrações de colas (poro branco). O fator umidade deve ser mantido sob controle.

Corte: Durante a operação de corte para que se tenham as medidas úteis para a junção, é preciso ter certeza de que a faca esteja bem afiada. Um mau corte causaria uma junta muito visível.

Junção: Existem vários "sistemas" de junção: longitudinal ou transversal e a junção pode ser realizada com papel engomado, com pontos de cola termofusível, costurado com fio termofusível ou colocado sobre os mesmos bordos da chapa. É importante, em relação ao manejo, tirar os resíduos de tal tarefa. Um lixamento mal feito pode causar manchar que aparecerão no momento do acabamento.

Painel: O painel a ser aplicado deverá ser idôneo para a colagem, sem gorduras e outros materiais que possam comprometer a adesão da cola. Deverá ser prensado com grau de umidade, temperatura e dilatação, similares ao da lâmina que será aplicada, a fim de evitar bolhas e descolamento da mesma.

Produto para Colagem: Podem ser usados vários tipos de cola de acordo com o sistema de colagem.
A frio, colas vinílicas ou similares.
A quente, colas termofusíveis, uréias ou similares.
Normalmente são utilizadas colas uréicas termoendurentes que pôr sua natureza tendem a amarelar. Um alto conteúdo de ácidos e alcalinos na cola da madeira ou no painel poderá acarretar uma mudança da cor na lâmina, logo após a colagem ou em pouco tempo. As causas podem ser imputadas a uma modificação do Ph devido a diversidade de valores contidos nos vários elementos, isto se refere ao painel, madeira, cola.
É comum tingir as colas para camuflar as manchas ou pontos esbranquiçados da mesma através da fibra da madeira, neste caso, os corantes utilizados devem ser compatíveis com as mesmas, com as colas e ácidos contidos na lâmina, e com os vernizes que são aplicados.
Resumindo, é necessária a máxima atenção no uso da cola e uma estreita colaboração com os fornecedores para chegar as soluções técnicas e ao resultado final desejado.

Sistema de Colagem: É necessário colar em tempos curtos, depois que a lâmina e o painel tenham contato com a cola, que deverá ser aplicada em pequenas quantidades e não excessivamente líquida, para evitar as possíveis infiltrações através da porosidade da lâmina.
A madeira é um produto natural, possui características diferentes de acordo com o tipo e com cada tronco. Variam a dureza, a consistência, a condutibilidade do calor, segundo a quantidade de umidade, e das características que variam de espécie para espécie. Daí a necessidade, na fase de prensagem, de toda uma seqüência de regulagem que varia de acordo com a madeira usada, pressão, compressão, temperatura e tempo de prensagem, quantidade de cola e esfriamento dos painéis.
Geralmente considerar os seguintes valores: pressão 2-4 kg/cm², temperatura 80/90ºC, tempo 4-5 minutos. Pressões fortes exercidas nas fibras abertas da madeira, favorecem a infiltração da cola através da chapa (poro branco).
Elevadas temperaturas, utilizadas em madeiras muito condutíveis, causam queimaduras com as conseqüentes variações cromáticas. Outro fator importante é o esfriamento dos painéis depois de prensado. Os painéis (aglomerado, MDF, etc.) são aglomerados compostos de madeira e produtos químicos (colas). Quando estes são expostos ao calor favorecem a evaporação dos produtos químicos resíduos, que afloram na superfície e penetram na lâmina.
É aconselhável que, durante o esfriamento, os vapores possam evaporar livremente graças a uma boa aeração. Evitar sobrepor os painéis até que não tenham alcançado a temperatura ambiental. Estes resíduos de vapores podem causar variações cromáticas na chapa ou uma degradação da coloração.
No caso do painel ser do tipo tambor, é aconselhável fazer furos para descarga dos vapores que se formam no interior do painel quando prensado a elevadas temperaturas.
No caso de radicas ou faqueados ondulados, antes dos revestimentos dos painéis, é oportuno prensar as folhas, uma por uma, por um período de 1 a 2 minutos, a uma temperatura em torno de 90ºC na prensa.
No caso de usar lâminas muito claras é aconselhável não usar painéis de cor escura para evitar que este fotografe o faqueado, modificando a cor original. Nestes casos, é aconselhado misturar corante às colas, usando óxido de zinco de 3 a 5% para as madeiras claras e corantes tipo xadrez ou anilina nas demais cores.
Esta prática diminui o inconveniente da porosidade das lâminas, camuflando eventuais filtrações de cola.
Estes corantes não podem ser outros, a não ser anilina ou xadrez, pra evitar que influam na cor do faqueado, pois de outra forma, na fase de acabamento, poderiam aparecer manchas de diferentes tonalidades.
No caso de painéis claros, para usar faqueado claro, não é necessário pigmentar a cola, porém, é boa norma usar colas densas e em quantidade pequena. A quantidade de cola deve variar de 100 a 140 gr/m². No caso de cola tipo fórmica espalhar a mesma uniformemente seja sobre a lâmina que sobre o painel, deixar secar bem antes de unir as duas partes.
No revestimento de um painel, nunca se deve sobrepor duas folhas com a mesma direção de veias para evitar rachaduras.


Contra-Capa: A contracapa deve ser balanceada com um faqueado de espessura e estrutura condizentes às tensões da capa para evitar que o painel envergue.

Retoque: Se, durante o trabalho, aparecer pequenas falhas na capa, estas podem ser corrigidas com estucos da mesma cor da lâmina, à base de colantes e resinas sintéticas que se encontram já prontos no comércio, ou poderão ser feitas com uma mistura de cola vinílica e pó da mesma lâmina, aplicados com espátulas e, após secagem, lixados.

Lixamento: É feito com abrasivos com granulometria variável entre 100 e 180. O uso de granas mais finas causará no acabamento tintas menos intensas, enquanto que com grana mais grossa tintas mais intensas pôr efeito de maior ou menor penetração dos vernizes.
Evitar o uso de abrasivos já gastos para não causar queimaduras do faqueado, pois neste caso, o atrito e o calor do abrasivo podem produzir queimaduras e, portanto, variações cromáticas.
Um lixamento muito profundo, leva a uma diminuição excessiva da espessura do faqueado, e isto pode aumentar o efeito fotográfico do painel sobre a lâmina. Será indispensável otimizar as relações entre abrasivos, pressão e velocidade da lixa.

Tingimento: Geralmente, o pré-composto já vem na cor desejado, quando porém, por problemas de quantidade, isto não seja possível, aconselha-se comprar uma lâmina pré-composta clara, não tingida., e efetuar o tingimento de superfície com o uso de anilinas em águas ou em solventes, ou pigmentos dispersos em veículos sintéticos (nitro, acrílico, etc.). A aplicação pode ser feita à mão ou por máquina a rolo.

Resistência à Luz:  A lâmina pré-composta comporta-se exatamente como qualquer tipo de madeira natural, e, portanto, é sensível a luz que modifica a sua cor com o tempo. Deve-se proteger as lâminas faqueadas durante a armazenagem e durante os ciclos produtivos.
As lâminas, muito dificilmente, ficam ao estado natural, geralmente são envernizadas. Portanto, é a camada de verniz que deve proteger a lâmina da luz e dos agentes químicos, físicos e mecânicos, impedindo a sua tendência natural a amarelar.
Devido ao fato que, no comércio, existe uma grande variedade de vernizes, para obter bons resultados é indispensável usar produtos de boa qualidade.

Acabamento: A madeira quando envernizada, assume cores mais intensas, de acordo com o tipo de produto usado e de acordo com sua penetração. Quanto maior for a penetração, tanto maior será a intensidade da cor.
O verniz pode provocar uma tendência, maior ou menor, ao amarelamento e isto pode causar problemas de aparência. O amarelamento será mais visível nas lâminas claras e, menos nas escuras, porém, todas as madeiras expostas à luz tendem a amarelar. É necessário usar sempre vernizes que não amarelam por si mesmo e que contenham substâncias que absorvem os raios ultravioletas e que, portanto, ajudam a proteger a madeira da luz.
O acabamento que se pode dar é exatamente igual ao da madeira natural e, então, pode ser o poro aberto ou fechado, fosco, semi-fosco ou brilhante e pode ser em anilina, PA, PV, UV, acrílicos, poliéster, etc.
Os seladores devem ter características o menos amarelante possível. Quando se usa poliéster em lâminas claras, deve-se usar um produto transparente e parafinado que evite dar tons rosas, amarelos ou verdes e que não cause manchas após a secagem.
Usando poliéster UV, usar produtos que não alterem as cores do faqueado e limitar, o máximo possível, o bombardeamento dos raios UV, que podem alterar a cor da madeira. Durante o processo de acabamento em poliéster UV, o selador tem que preencher bem qualquer abertura para evitar que bolhas de ar se formem nos poros da madeira, prejudicando o aspecto do acabamento. No acabamento UV, temos que respeitar tempos de secagem dos seladores de aproximadamente 10 segundos. Caso a velocidade não seja ideal, a penetração não será suficiente, apresentando defeitos dos poros e manchas claras.

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